ANS limita reajuste a 6,06% nos planos de saúde individuais e familiares; entenda os impactos no seu bolso

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) definiu em 6,06% o índice máximo de reajuste para os planos de saúde individuais e familiares em 2024. A decisão foi divulgada em 23 de junho de 2025 e já está em vigor, afetando milhões de beneficiários em todo o Brasil. A matéria foi publicada pelo G1.

O que diz a legislação sobre o reajuste de planos de saúde?

Segundo a Lei dos Planos de Saúde (Lei nº 9.656/98), os reajustes de planos individuais/familiares são regulados pela ANS. Isso significa que as operadoras de saúde não podem aplicar aumentos acima do teto autorizado, garantindo maior previsibilidade e controle para o consumidor.

Por que o reajuste foi de 6,06%?

De acordo com a ANS, o percentual leva em consideração a variação das despesas assistenciais no período anterior, o índice de inflação e outros fatores econômicos. O cálculo é realizado com base nos dados das operadoras e nos índices agregados do setor. A metodologia visa preservar o equilíbrio financeiro dos contratos sem onerar demasiado os consumidores.

Qual o impacto no seu bolso?

Com o reajuste de 6,06%, os valores pagos pelos usuários com planos contratados após a vigência da lei de 1998 e regulados pela ANS sofrerão aumento limitado. Por exemplo, quem paga atualmente R$ 500 passará a desembolsar R$ 530,30. Embora represente um acréscimo, o novo teto é considerado inferior ao reajuste autorizado em 2023 (9,63%).

O que dizem os especialistas?

Especialistas em saúde suplementar avaliam que o reajuste foi moderado se comparado às pressões inflacionárias e ao aumento da utilização dos serviços médicos. Ainda assim, é fundamental que os consumidores acompanhem a evolução de seus contratos e fiquem atentos a possíveis cobranças indevidas.

Possíveis implicações jurídicas

Reajustes acima do teto estabelecido pela ANS podem ser contestados judicialmente. Se o consumidor identificar cobranças irregulares em sua fatura, deve procurar os canais de atendimento do plano de saúde. Caso o problema persista, é recomendável buscar orientação jurídica especializada para resguardar seus direitos.

Recomendações para os beneficiários

  • Verifique se o reajuste aplicado em seu plano está dentro do limite de 6,06%.
  • Solicite ao plano a memória de cálculo do reajuste, se necessário.
  • Fique atento aos prazos de reajuste: eles só podem ser aplicados no aniversário do contrato.
  • Em caso de dúvidas ou divergências, procure auxílio jurídico especializado.

Conclusão

O novo teto de reajuste definido pela ANS traz um alívio financeiro aos beneficiários de planos de saúde individuais e familiares. No entanto, é essencial acompanhar seus contratos de perto e assegurar que os direitos sejam respeitados. Nosso escritório está à disposição para prestar assessoria jurídica especializada em casos de reajuste abusivo e outras questões relacionadas aos planos de saúde.

Deseja saber mais sobre seus direitos como consumidor de planos de saúde? Explore outros conteúdos em nosso blog ou entre em contato com nossos especialistas para uma análise jurídica personalizada.

Fonte: G1 – Economia