Entenda as Novas Regras sobre a Proposta de Plano de Saúde de R$ 100 e o que está Realmente em Discussão pela ANS

A proposta de criação de um novo produto na saúde suplementar gerou polêmica e desinformação nos últimos dias. Segundo matéria publicada pelo Estadão Verifica em 28 de abril de 2025, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) está discutindo a criação de uma alternativa regulamentada aos chamados cartões de desconto em saúde, mas não se trata de um plano de saúde obrigatório de R$ 100, como alegam algumas postagens nas redes sociais.

O que está realmente sendo proposto?

A ANS abriu uma consulta pública, já encerrada, sobre um novo produto de saúde suplementar que permitiria aos consumidores acesso a consultas e exames com cobertura reduzida. A proposta visa regulamentar serviços já amplamente usados por milhões de brasileiros: os cartões de desconto em clínicas populares, que hoje não são fiscalizados ou regulamentados pela agência.

Este novo modelo está sendo testado dentro de um sandbox regulatório, ou seja, um ambiente de testes com regras mais flexíveis, permitindo à ANS estudar os impactos do produto antes de decidir pela sua aprovação definitiva.

O plano será obrigatório? Custará exatamente R$ 100?

Não. A proposta não trata de obrigatoriedade de adesão e tampouco define o valor final do produto. A ANS apenas estimou que o custo mensal poderia ficar em torno de R$ 100, baseado em produtos similares já existentes no mercado, mas sem nenhuma determinação concreta ou cobrança compulsória à população.

O que diz a ANS?

Em entrevista à CNN, Alexandre Fioranelli, diretor da ANS, explicou que o objetivo é atender brasileiros que não conseguem contratar planos individuais e que, atualmente, dependem do SUS ou de serviços informais.

A medida busca ampliar o acesso à saúde suplementar de forma mais econômica, sem comprometer o atendimento público, que continua sendo universal e gratuito.

Quais são os riscos ou implicações jurídicas?

A desinformação sobre a proposta gerou alarde indevido e temor infundado entre os consumidores, além de manchar o debate público sobre inovações no sistema de saúde.

Importante destacar:

  • A ANS não aprovou o produto oficialmente.

  • Nenhum cidadão é obrigado a contratar qualquer serviço privado de saúde.

  • O SUS segue sendo o principal canal de acesso à saúde no país.

A eventual implementação do produto dependerá de novos testes, resultados da consulta pública e possível reformulação do modelo proposto.

Recomendações ao consumidor

  • Não compartilhe informações sem checar a fonte.

  • Fique atento a comunicações falsas sobre cobranças obrigatórias em nome de órgãos públicos.

  • Consulte sempre um advogado ou especialista em Direito da Saúde caso tenha dúvidas sobre contratos, planos ou mudanças na legislação.

Conclusão

A discussão sobre novos produtos na saúde suplementar deve ser acompanhada com atenção, mas sempre com base em informações seguras, técnicas e oficiais. A proposta da ANS busca oferecer mais opções para quem não consegue contratar planos de saúde tradicionais, mas ainda está em avaliação e não representa uma obrigatoriedade imposta à população.

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 🔗 Fonte: Estadão Verifica – ANS não prevê pagamento obrigatório de plano de saúde de R$ 100