A alta dos custos médicos e hospitalares deve impactar diretamente os bolsos dos consumidores em 2025. Segundo reportagem da CartaCapital, a chamada “inflação médica” tem pressionado o índice de reajuste dos planos de saúde, com previsão de aumentos acima da inflação oficial medida pelo IPCA. A tendência preocupa beneficiários de planos individuais, coletivos e empresariais, além de gerar debates sobre a sustentabilidade do setor.
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) ainda não divulgou o percentual de reajuste permitido para os planos individuais, mas o mercado estima um aumento que pode ultrapassar os 10%, impulsionado pelo aumento de custos em insumos, procedimentos de alta complexidade, maior utilização dos planos e judicialização da saúde.
Entenda o que é inflação médica
A inflação médica é o índice que mede a variação dos custos na área da saúde suplementar. Ao contrário da inflação geral da economia, ela é impactada por fatores como:
- A incorporação de novas tecnologias e medicamentos de alto custo;
- O envelhecimento da população, que aumenta a demanda por atendimento médico;
- O uso crescente de exames, consultas e internações;
- O aumento de processos judiciais obrigando as operadoras a cobrirem tratamentos fora do rol da ANS.
Esses fatores tornam o reajuste dos planos de saúde um tema sensível, especialmente porque muitos contratos coletivos e empresariais não são regulados diretamente pela ANS, o que facilita a aplicação de aumentos expressivos sem mediação pública.
Especialistas e consumidores em alerta
Para o consumidor, o reajuste anual pode se transformar em um peso financeiro difícil de sustentar. Em muitos casos, o aumento supera a capacidade de pagamento, levando famílias a abandonar os planos ou buscar alternativas menos abrangentes.
Do ponto de vista jurídico, especialistas em Direito da Saúde alertam que reajustes abusivos podem ser questionados judicialmente, sobretudo quando não houver transparência na metodologia de cálculo ou quando o reajuste for claramente desproporcional ao uso do plano.
O que fazer diante de um reajuste abusivo?
- Solicite à operadora do plano um demonstrativo de cálculo do reajuste;
- Verifique se o aumento está de acordo com as normas da ANS (no caso dos planos individuais);
- Analise se houve aumento desproporcional em relação à utilização do plano;
- Consulte um advogado especializado em Direito da Saúde para avaliar a possibilidade de contestar judicialmente o reajuste.
Conclusão
Com o aumento previsto na inflação médica em 2025, consumidores devem estar atentos aos seus contratos, acompanhar os índices de reajuste divulgados pela ANS e, sempre que necessário, buscar apoio jurídico. Reajustes são permitidos, mas devem obedecer a critérios objetivos e razoáveis, evitando prejuízos ao consumidor e violação ao princípio da boa-fé contratual.
Para saber mais sobre seus direitos e entender como contestar reajustes abusivos, entre em contato com nossa equipe jurídica. O escritório Barbosa, Castro & Mendonça Advogados está à disposição para orientações especializadas e acompanhamento de ações judiciais na área de planos de saúde.
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