SUS passa a oferecer tratamento integral para dermatite atópica

O Sistema Único de Saúde (SUS) anunciou uma importante atualização em sua lista de tratamentos: agora, pacientes diagnosticados com dermatite atópica terão acesso ao tratamento integral por meio da rede pública. A iniciativa foi divulgada pela Agência Brasil e representa um avanço significativo para quem convive com essa condição de pele crônica e muitas vezes debilitante.

O que é dermatite atópica?

A dermatite atópica é uma doença inflamatória da pele que causa coceira intensa, vermelhidão, descamação e, em casos mais graves, até infecções cutâneas. Trata-se de uma condição crônica e autoimune que afeta majoritariamente crianças, mas que pode persistir ou surgir na vida adulta.

Muitos casos requerem controle rigoroso com medicamentos específicos — muitas vezes de alto custo — o que dificultava o tratamento para pessoas em situação de vulnerabilidade econômica.

O que muda com o novo protocolo do SUS?

Com a atualização, o tratamento integral passa a incluir desde o diagnóstico até o fornecimento de medicamentos imunobiológicos de última geração, altamente eficazes, e que antes só estavam disponíveis na rede privada. Conforme publicado pela Agência Brasil, entre os medicamentos liberados estão dupilumabe e tralokinumabe, indicados para casos moderados a graves da doença.

Segundo a coordenadora-geral de Gestão da Assistência Farmacêutica do Ministério da Saúde, Patrícia Melo, a inclusão desses medicamentos no SUS é um avanço no cuidado com os pacientes e foi baseada em critérios técnicos rigorosos e princípios de equidade.

Implicações do acesso a medicamentos de alto custo

A nova diretriz do SUS corrige um problema recorrente: a judicialização da saúde. Muitos pacientes, em busca de tratamentos eficazes, recorriam à Justiça para obter os medicamentos de alto custo que não estavam disponíveis no sistema público. Com o novo protocolo, espera-se uma diminuição significativa nesse tipo de ação judicial, além de maior celeridade no atendimento e tratamento adequados.

Além disso, o tratamento integral também pode melhorar a qualidade de vida dos pacientes, reduzir o número de internações e impactar positivamente no bem-estar físico e emocional das pessoas afetadas.

Recomendações ao paciente

Pacientes que convivem com a dermatite atópica devem procurar uma unidade básica de saúde para serem avaliados por um profissional médico. Caso o diagnóstico se confirme para casos moderados a graves, o profissional poderá encaminhar o paciente ao protocolo de tratamento com os medicamentos específicos agora oferecidos pelo SUS. É importante guardar os laudos e manter as consultas atualizadas para garantir a continuidade do tratamento.

Conclusão e orientação jurídica

A inclusão do tratamento integral da dermatite atópica é uma conquista no acesso à saúde pública e uma medida que combate as desigualdades sociais no cuidado das doenças crônicas. Esse avanço também reduz a necessidade da judicialização e garante que o direito à saúde, previsto na Constituição Federal, seja respeitado de forma efetiva.

Nosso escritório está à disposição para orientar juridicamente pacientes que encontrem dificuldades para acessar esse novo protocolo de tratamento, bem como para demais casos envolvendo o acesso a medicamentos de alto custo. Entre em contato conosco para agendar uma consulta e esclarecer dúvidas. Acompanhe também o blog para mais conteúdos sobre saúde pública e direitos dos pacientes.

Fonte: Agência Brasil